'Quantas vidas a gente vive?
Quantos destinos se entrelaçam aos nossos?
Quantos irmãos reconhecemos, que a vida nos esqueceu de dar? irmãos de outrora que por hora se vão, como poeira ao vento.
Nessa vida de extremos em que tudo é questão de tempo, por mais que seja irônic eu me referir a 'tempo' como algo determinante, por quanto tempo algo tão frágil quanto a realidade é fascinante?
Por vezes sinto-me como Josef K., apenas mais um, julgado, condenado e morto por crimes que desconheço e ainda assim pergunto-me se cometi.
É trágico dizer que tudo nessa vida não passa de ilusão, mas de ilusões também se vive; das ilusões e pontos de vista que conservamos para nós, quais são reais? quais valem a pena?
Talvez não seja assim tão irresponsável dispensar toda e qualquer previsão de futuro aceitável, já que isso tudo, um dia irá transformar-se em nada, tenho em mãos uma pequena migalha de tempo para viver todo esse nada que me sustenta.
Mas no final, antevenho eu, em minhas noites mais reais, que no final, serei tão comum e simples como qualquer um, apenas mais um Josef K.
Há destino à não ser o que fazemos Josef K.?'
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário